Regurgitações em bebês
O refluxo gastroesofágico (RGE), caracterizado pelo retorno do alimento do estômago para o esôfago, pode ocorrer em pessoas saudáveis várias vezes ao dia, independente da idade, sem causar incomodo ou repercussão.
Cerca de 60% das crianças menores apresentam refluxo que, em geral, se inicia por volta dos dois meses de vida e desaparece espontaneamente, sendo que mais de 90% dos casos se resolve até o primeiro ano de vida.
O refluxo gastroesofágico pode ser acompanhado de algum grau de desconforto e a presença de regurgitações ou “golfadas” também é frequente. Pelo menos 5% dos bebês apresentam seis ou mais regurgitações ao dia, podendo vir associadas a cólicas, contribuindo para episódios de choro excessivo.
Como se trata de um quadro benigno, não há necessidade de realizar exames ou fazer uso de medicamentos. Cuidados com a posição do bebê durante e após a mamada, bem como uma técnica de amamentação adequada são suficientes para diminuir as regurgitações.
Posição do bebê após a mamada
Após as mamadas, o bebê deve ser mantido em posição vertical de 20 a 30 minutos, facilitando a eliminação dos gases e o esvaziamento do estômago. Durante o sono, ele deve ser colocado com a barriga para cima com a cabeceira elevada em torno de 30 graus. A posição de bruços deve ser evitada pela associação com risco de morte súbita. É importante a compreensão dos pais de que o refluxo é uma manifestação transitória relacionada ao período de vida, não trazendo repercussões para a criança e que vai melhorar à medida que a criança cresce.